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domingo, 6 de setembro de 2009

As Injúrias

Observando os costumes humanos, o Senhor Buda viu que muitos males provinham da rapidez com que os vaidosos e egoístas criticavam nesciamente o próximo, e disse aos seus discipulos:
- Se um néscio me ofendesse, lhe responderia com um cordial e sincero amor. Quanto maior mal me fizesse, maior bem eu lhe faria. O perfume da bondade estará sempre comigo, e o fétido alento do mal sopraria contra ele.
Sabendo um néscio que Buda pregava o mandamento do amor que prescreve restituir com o bem o mal recebido, aproximou-se dele e injuriou-0 gravemente.
Tornou a injuriá-lo, e quando já não encontrava palavras para ofendê-lo, o Buda perguntou-lhe:
"Filho meu; se alguém recusa o presente que outro lhe oferece, para quem fica o presente?
O néscio respondeu:
- Para quem lhe ofereceu.
O Buda continuou:
- Pois bem meu filho: injuriaste-me e eu recusei tuas injúrias. Guarda-as para ti. Não serão para ti fonte do mal? Assim como o eco pertence ao som, a forma ao corpo, também o mal consumirá o autor do mal."
O néscio não soube o que responder, e o Senhor prosseguiu dizendo:
"O malvado que injuria o virtuoso, assemelha-se ao que cospe ao céu, porém recebe no rosto o que cuspiu.
Aquele que calunía, assemelha-se a quem com o vento contrário, tenta atirar um punhado de pó no rosto de outrem. O pó cega os olhos de quem o atirou.
Ningém pode ferir o virtuoso; sobre seu próprio autor recairá o mal que alguém lhe tentar fazer."
O ofensor afastou-se vagarosamente, envergonhado; porém depois regressou, arrependido e refugiou-se no Buda, no Dharma e no Sangha.

Fonte: O Evangelho de Buda - Yogi Kharishnanda

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