E a ordem dos fatores não altera o produto que é o frio de São Paulo que me faz transpirar, como diria Rita Lee.
Imagino o que seja para os atores representar Shakespeare.
Fico de queixo caído com a performance.
Como pode aquela fluência total, riquíssima na qual as palavras jorram inquietantemente mais velozes que o pensamento possa apreender.
Paradoxo que não nos permite filosofar, pois que é mais fugaz que qualquer vã filosofia possa imaginar.
O Rei que de um herói se transforma em um Rei corrupto e viciado na prática do fim que justifica os meios.
Depois sucumbe num mero detalhe despercebido por quem tivera a pretenção de tudo perceber.
Assistir Shakespeare é algo inesquecível.
Não por mera coincidência, a foto tem como fundo uma mostra dos troféus recebidos por Paulo Autran, durante sua carreira. Homenagem prestada pelo Teatro do Sesc Pinheiros.
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