Amanhã, "a parte que me cabe neste latifundio" chamado Brasil é a uma urna não funerária, e sim eletrônica!
Tenho que lembrar de:
Pensar no lavrador e sua carne pouca.
Pensar em mim, que não sou diferente em nada do lavrador.
Lembrar que também eu quero ver a terra dividida.
Que não quero morrer como o lavrador e não quero mais ver morrer ninguém assim.
Que mesmo sabendo, que quando morrer estarei mais ancho que estou no mundo, meu compromisso é aqui e agora.
Que as aparências ora enganam, ora não.
Que esta terra dada, para qual não se abre a boca, na verdade nunca foi dada!
Foi conquistada pelo lavrador que morreu! Que não tenha sido em vão!
Pelos os que desapareceram lutando pela liberdade! Que não tenha sido vã a luta!
Por todos os mortos de nossas vidas severinas! Para que a VIDA não seja vã!
E que a urna de amanhã não seja funerária, onde se enterrem nossos sonhos!
Amém!
Aos messias e seus seguidores, prefiro os homens tolerantes, para quem as verdades são provisórias, fruto mais do consenso que de certezas inquestionáveis. Ferreira Gullar
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sábado, 2 de outubro de 2010
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